quarta-feira, 27 de julho de 2011

Coletiva de imprensa com Slash realizada no Hotel Sheraton


O guitarrista Slash (ex- Guns N´ Roses) participou de uma coletiva de imprensa, na quarta-feira (6), antes de sua apresentação no Rio de Janeiro, no mesmo dia. Apesar do atraso de duas horas, o famoso detentor da cartola preta respondeu variadas perguntas, com bastante simpatia e bom humor. Antes mesmo de começar a coletiva, seu assessor de imprensa avisa aos jornalistas que Slash não responderia à nenhuma pergunta sobre a sua relação com Axl Rose, uma possível volta com o Guns N´ Roses e outros assuntos afetivos pessoais.

A primeira pergunta foi sobre o seu passado com drogas, e Slash logo responde que já usou tanto, que hoje em dia não tem mais a menor vontade de voltar a experimentá-las. Sobre a sua passagem pelo Brasil, no Rock in Rio, em 1991, ele diz ter sido uma experiência fantástica, que jamais esquecerá, pois considera que tocar com o Guns N´ Roses era sempre incrível, e cada show tem um lugar especial em sua memória. "A emoção de tocar para 100 mil pessoas é muito boa", concluiu. Quando está em turnê, o guitarrista costuma ficar mais concentrado em seu quarto de hotel, treinando, relaxando e se preparando para os shows. "Lembro que pulei de asa-delta, procurei cobras no mato e visitei um museu de répteis (Butantã em São Paulo), que recentemente pegou fogo!", diz. Além disso, Slash diz conhecer muito pouco de música brasileira e apenas conhece o trabalho da banda Sepultura.

Já sobre as participações em seu álbum solo (intitulado Slash), ele diz que foi uma honra ter gravado com cada um deles, pois "provavelmente foram as sessões de gravação mais incríveis que já tive", com destaque para a participação de Ozzy Osbourne e Alice Cooper, artistas que admira desde criança. Slash chega a mencionar que seu maior desejo é gravar algo com Stevie Wonder. Em turnê com o excelente e versátil vocalista Myles Kennedy (Alter Bridge), Slash diz que chegou a convidá-lo para substituir Scott Weiland (Stone Temple Pilots) no projeto Velvet Revolver, porém o vocalista recusou por estar comprometido com o Alter Bridge e as agendas de ambas as bandas não conciliarem. "Ainda não encontramos alguém para o posto de vocalista, mas se eu pudesse, escolheria Myles. Ele é o único capaz de cantar todas as músicas.", diz Slash, negando também a possibilidade da entrada de Sebastian Bach (ex-Skid Row) e Corey Taylor (Slypknot) na Velvet Revolver. "A maior vantagem de ter uma carreira solo é de que não preciso responder nada à ninguém, sou responsável por todo o processo. Gosto de estar no comando.", referindo-se a diferença entre ter uma banda e uma carreira solo.

Sobre os shows no Japão, Slash comenta que gostaria de ter tocado em Tokyo e Yokohama, porém os promotores avisaram que não havia como realizar o evento nas cidades, em decorrência das catástrofes recentes (terremotos e tsunamis). O guitarrista chegou a tocar em Osaka, no dia 14, e adiou os outros shows. "Não cancelamos os outros shows, porém só dava pra fazer em Osaka, pois era o primeiro. Se tivessem liberado, teríamos tocado para dar alguma alegria àquelas pessoas, mas com a possibilidade de uma nova catástrofe, impossibilitaram o evento, infelizmente.", diz Slash. Sobre o jogo Guitar Hero, no qual se expôs ao mundo juvenil de forma bastante enfática, passando a ser admirado por crianças e adolescentes, Slash diz que foi uma experiência incrível.

Ao ser questionado sobre qual guitarrista da nova geração chama sua atenção, Slash diz ser uma pergunta difícil, pois não consegue destacar nenhum, a partir do ano 2000. "Dos anos 90, consigo pensar em alguns nomes, mas de uns tempos pra cá, não tenho nenhum nome em mente. “Mas entre os novos posso apontar o guitarrista do Avenged Sevenfold (Synyster Gates). Jack White (ex-White Stripes) é talvez um dos últimos grandes que surgiram. Não há muitos grandes guitarristas hoje em dia, todos se focam na técnica e velocidade.", comenta Slash. Sobre a cartola, diz que é a mesma desde 1990, e que provavelmente estava usando ela no Rock In Rio de 1991. "É um chapéu barato que você pode encontrar em qualquer lugar, mas eu coloco couro e aí fica mais caro. Eu tenho duas cartolas, contando com esta. Uma vez ela foi roubada, mas consegui recuperar!", conclui Slash.

O guitarrista se apresentou no Rio de Janeiro, no dia 6 de abril, no Vivo Rio, em São Paulo, no dia 7 de abril, no HSBC Brasil e hoje à noite (8) irá se apresentar em Curitiba, no Master Hall, com ingressos a R$104 (pista promocional + 1kg de alimento), pois os outros setores estão esgostados.

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